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Será que Maduro vai invadir a Guiana?

Foto: Money Times

Malgrado a Venezuela ter feito um plebiscito para saber se o povo concorda em alargar o território da Guiana, o Brasil parece não estar preocupado com o assunto, tendo mesmo desvalorizado a probabilidade da Venezuela de Maduro, vir a utilizar as suas Forças Armadas  para invadir e tomar a província de Esseguibe da Guiana.

Para que a Venezuela, por terra, poder invadir e conquistar teria de passar pelo território brasileiro, pela região de Roraima, onde o Brasil tem em permanência uma Brigada de Forças Especiais em ambiente de floresta, que pela sua presença é dissuasora de uma possível intervenção militar venezuelana, que necessite entrar por esse difícil território de floresta amazónica, que não permite a passagem de forças mecanizadas nem blindadas.

O Brasil tem a percepção de que Maduro com este plebiscito, quer simplesmente forçar a comunidade internacional a reabrir o processo de demarcação da sua fronteira Sul, e forçar que se inicie uma mediação internacional, para resolver esse problema candente, que se arrasta desde a descolonização britânica no século XIX.

A região de Esseguibe é riquíssima em petróleo, estimando-se que tenha no seu subsolo cerca de 14 biliões de barris, algo superior às reservas de todo o Brasil que são de cerca de 11 biliões, e que nas margens do rio existam todos os elementos minerais da tabela periódica em quantidades não despiciendas, uma vez que na margem sul do mesmo rio, em território brasileiro estas também existam, por explorar, uma vez que é território protegido por lei, e esperemos que o continue a ser pois a Amazónia é o pulmão da Humanidade que é preciso preservar a todo o custo, nem que seja necessário destinar um fundo global para compensar o Brasil, da sua não exploração, e evitar dessa forma a destruição do pulmão do mundo.

Embora o Brasil tenha descartado a possibilidade de uma intervenção na Guiana,, que a passar no seu território seria considerada uma declaração de guerra, tem forças prontas para reforçar a Brigada de Roraima, e os EUA terão já deslocado para a região, uma força de escalão Batalhão de Marines, pois Maduro é um presidente ditador impulsivo e por vezes roçando  a irracionalidade na sua forma de atuar, em resumo é alguém por natureza imprevísįvel.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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