A Tapada Nacional de Mafra pôs em funcionamento quatro veículos elétricos para a realização das visitas, substituindo assim o tradicional comboio a combustível, para reduzir a pegada ecológica.
“É uma diferença não só em termos da qualidade da visitação por serem mais cómodos e mais silenciosos, o que permite ao visitante ouvir os passarinhos enquanto passeia e vê os gamos, mas também em termos ambientais, com menos 52 quilogramas de dióxido de carbono que deixam de ser emitidos” por cada visita que é feita à Tapada, explica Margarida Gago, responsável pela comunicação, em declarações à Lusa.
Os quatro veículos elétricos têm, cada um, 12 lugares.
Até ao final deste ano, a Tapada Nacional de Mafra, no distrito de Lisboa, vai adquirir outros três, de 22 lugares cada e com lugares para pessoas com mobilidade reduzida.
Desde que reabriu após o confinamento provocado pela pandemia de covid-19 que a Tapada introduziu outras novidades no programa de visita, nomeadamente áudio-guias, disponibilizando os equipamentos ou os códigos “QR”, que permitem ao visitante aceder a conteúdos multimédia a partir do seu próprio telemóvel.
“Com os áudio-guias, o visitante sente-se muito mais acompanhado quando está a fazer um percurso pedestre, consegue geolocalizar-se e pode escolher entre 15 temas para explorar em família, na sua bolha, em vez de ficar à espera de um guia e de integrar um grupo”, refere a também bióloga.
O programa integra passeios pedestres, de bicicleta, de charrete ou de carro elétrico, ateliês de apicultura, demonstrações de voo livre de aves de rapina e piqueniques.
A Tapada de Mafra, Património mundial da UNESCO desde 2019, possui 800 hectares, onde vivem 500 animais de mais de centena e meia de espécies diferentes, entre gamos, veados, javalis, aves como a águia de Bonelli ou o bufo real, répteis como salamandras, tritões e cobras, e uma floresta exuberante, com quase uma centena de espécies de plantas, das quais 21 são árvores e arbustos.
Algumas das árvores da Tapada de Mafra são consideradas de interesse público, como o castanheiro-da-índia, a olaia e o sobreiro.
Além disso, é o único abrigo de morcegos na região de Lisboa e Oeste, com floresta densa e árvores autóctones, como sobreiros ou freixos, habitats destas espécies, uma vez que a zona está bastante modificada pelo aproveitamento agrícola dos campos e pela plantação de espécies arbóreas, como o eucalipto.
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