De acordo com as notícias veiculadas nos OCS, o Kremlin já arranjou um “bode expiatório” para o fracasso da ofensiva sobre Kiev, eixo ofensivo onde apostou metade das suas forças, forças da Bielorrússia e da Tchetchénia, à volta de 130 a 140 000 homens.
De acordo com o Kremlin o alegado responsável pelo fracasso da ofensiva, foi o diretor da FSB, a antiga KGB, entretanto caído em desgraça, demitido sumariamente e já preso e condenado. O alegado responsável terá sido o responsável por criar uma rede de espiões na Ucrânia, que terá sido descoberta e enganada pelos ucranianos.
Esta notícia espelha o completo desespero em que o Kremlin ficou após o desastre na conquista de Kiev, bem como constitui um erro crasso dos temíveis Serviços de Informação Russos.
O outro erro crasso que os russos cometeram na invasão foi o de só agora terem nomeado um general responsável pelas forças russas no Teatro Operacional, ou seja. só agora têm um comandante do teatro responsável pela coordenação da ofensiva como um todo, ou seja, alguém com capacidade para comandar integradamente as Forças Conjuntas no Terreno.
Parece impossível a ofensiva ter estado a ser comandada separadamente, facto que dificulta a manobra operacional e logística, não permitindo comandar duma forma conjunta os três ramos das FA’s e as Operações Especiais, nem balancear forças terrestres entre eixos, nomeadamente as reservas, nem a integração do poder aéreo e naval com a ofensiva, algo que não se vislumbrou nunca na operação, tendo mesmo, em minha opinião, o vetor aéreo sido praticamente inexistente na ofensiva.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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