Desporto Geral

Challenger Series: Portugal conquista três das sete vagas femininas da Europa

Foto: Mafalda Lopes (WSL/Pedro Mestre)

O surf feminino nacional confirmou, este sábado, o excelente momento que atravessa, ao conseguir carimbar três das sete vagas disponíveis pela Europa para o Challenger Series Tour de 2022, divisão que dá acesso ao Championship Tour da World Surf League.

A Teresa Bonvalot, que já tinha conquistado o título europeu e a vaga de forma antecipada, juntam-se ainda Mafalda Lopes e a campeã nacional Kika Veselko.

Um feito notável e que tem ainda mais significado tendo em conta que as surfistas portuguesas terminaram a temporada de 2021/22 do QS regional europeu nos três primeiros postos do ranking.

Teresa Bonvalot, que na Caparica venceu a terceira etapa consecutiva na temporada internacional, conseguiu a máxima pontuação possível no ranking, com 7 mil pontos. Já Mafalda e Kika terminaram ambas empatadas na vice-liderança, com 3950 pontos.

Portugal até poderia ter conseguido apurar uma quarta surfista, com Yolanda Hopkins a terminar no oitavo posto do ranking, a ficar a apenas 95 pontos da alemã Rachel Presti e de entrar dentro do cut de qualificação. Yolanda tinha como requisito para a qualificação chegar à final do Caparica Surf Fest, mas acabou por ser derrotada nas meias-finais por Teresa Bonvalot, falhando o objetivo por muito pouco.

No entanto, Yolanda, que conta no currículo com a presença olímpica em Tóquio’2020, onde alcançou o 5.º posto, e foi a terceira melhor surfista europeia na edição inaugural do Challenger Series Tour, ao terminar no 19.º posto do ranking no ano passado, ainda poderá aspirar a ficar com eventuais vagas de suplentes que surjam em virtude da ausência de surfistas da elite mundial nas etapas do Challenger Series Tour.

Lista de surfistas europeias qualificadas:
Teresa Bonvalot (PRT)
Mafalda Lopes (PRT)
Francisca Veselko (PRT)
Nadia Erostarbe (ESP)
Pauline Ado (FRA)
Garazi Sanchez Ortun (ESP)
Rachel Presti (ALE)
Vahine Fierro (FRA) (Wildcard)

No circuito masculino, onde o francês Maxime Huscenot já garantiu o título europeu por antecipação, sucedendo a Vasco Ribeiro, as contas apenas vão ficar fechadas na próxima semana, em Santa Cruz. Portugal não tem qualquer surfista perto sequer do cut de qualificação, mas com 3000 pontos ainda em jovem há ainda vários surfistas com possibilidades matemáticas de figurarem dentro do top 9 que dá acesso ao Challenger Series Tour. Um deles é Vasco Ribeiro que mesmo que falha a entrada direta, deverá ser um dos principais candidatos a ficar com o wildcard disponível pela WSL Europa.

O Challenger Series Tour é a segunda divisão do surf mundial e o circuito que define 12 vagas masculinas e 6 femininas para a elite mundial de 2023. Aos melhores surfistas de cada região juntam-se ainda os surfistas do circuito mundial que fiquem fora do cut de meio da temporada.

O circuito é composto por oito etapas e inicia-se já a 7 de Maio na Gold Coast, Austrália. Sydney (Austrália), Ballito (África do Sul), Huntington Beach (Estados Unidos), Ericeira (Portugal), Hossegor (França), Saquarema (Brasil) e Haleiwa (Havai) são as outras paragens do calendário, tanto no caso masculino como no feminino.

Com três surfistas portuguesas já confirmadas entre as 64 que vão a jogo, podendo ainda ter mais representantes devido a essas eventuais vagas de suplentes, a armada lusa feminina vai tentar fazer história, qualificando a primeira representante portuguesa da história para a elite mundial feminina.

Do lado masculino Portugal é atualmente representado por Frederico Morais na elite mundial.

Mais informações em www.ansurfistas.com e www.worldsurfleague.com

Fonte: ANSurfistas Comunicação (Press Release)