Opinião

A vacinação na Ericeira

Como na maioria dos lares e nas instituições , nas Santas Casas da Misericórdia decorre tal e qual como no resto de Portugal a vacinação.
Apontar o dedo para os que foram vacinados, nada adianta, se afirmarmos que fulano ou sicrano foi vacinado, nada adianta mesmo, pelo contrário ainda fomenta mais a caça “ao culpado” quando nem há culpados.

Se já existe dificuldade em aparecer gente nova para preencher as vagas nos corpos directivos e responsáveis por estas associações, que nada pagam, repito – Nada pagam, a quem serve o povo, tão carente e dependente destas grandes instituições, vamos agora colaborar e
proporcionar um autêntico julgamento na via publica de todos os que sustentam de pé e com sacrifício, tantas e nobres tarefas, agora e já, desde logo, considerado pelos Media num colectivo de gente da “pior espécie” só por que foram ou não vacinados. Não está correcto. Não deve continuar esta moda.

Quem organizou e fez a listagem de quem deve ser vacinado, foi a DGS e numa geral enviou alguma quantidade mínima, a mais, e quem é responsável bem decidirá se deve utilizar ou não, ou deitar para o lixo, dada a data limite de utilização não permitir retrocesso à base em
condições. E as unidades, poucas, que sobram poderão ser de alguém que já tenha morrido, que já não trabalhe ali, etc.

A quem compete decidir, é quem diariamente decide tanta coisa…decide bem ou mal…mas tem de decidir. Todos estão de uma maneira geral em contacto com utentes.

Devem ou não ser vacinados? A senhora da limpeza, a ajudante de cozinha que começou agora a trabalhar, o presidente que diariamente visita os utentes, a esposa que ali vai quase todos os dias… o
irmão da mesa que também ajuda?

Somos todos campeões no sofá.

Ninguém mexe uma palha para ajudar tanta gente que nesta fase da vida dos portugueses está tão complicada, para não falar em pormenores sórdidos que a maioria nem quer acreditar, mas que estão na verdade a acontecer…

Vamos atirar a primeira pedra? A quem está na linha daqueles que ajudam…daqueles que são exemplo, ou devem sê-lo, só porque foram vacinados?
Haverá casos de abuso, acreditamos que sim, que utilizaram a vacina para lucrarem dinheiro, etc…sim senhor, devem ser culpados, mas também quem o proporcionou.
Haverá falhanços de organização. Mas também haverão exemplos bem grandes onde a quantidade foi menor e não chegou para todos e um alguém ficou para trás sem embandeirar em arco, sem nada dizer e aguardará sem queixas, se for caso disso. Ninguém fala destes casos.


E será agora que a “tropa” vai resolver tudo?

Optámos por não fazer noticia do que aconteceu na maioria dos lares conhecidos de Mafra, Ericeira e Venda do Pinheiro onde tem sido grande a luta de não deixar ninguém… ficar para trás.

E o leitor ajudou em alguma coisa?


Digo eu, não sei! E nem sou nenhum malandro.

Hélder Martins