Estou perplexo e chocado com o homícidio do cidadão Ucraniano, ocorrido nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa.
Tenho ouvido falar de violência policial em Portugal, mas não me recordo de nenhuma ação que tenha levado a este bárbaro desfecho.
Desde o comportamento dos seguranças até ao espancamento do cidadão Ucraniano que, procurava encontrar um futuro melhor para si e para a sua família em Portugal, por parte dos inspetores e dos seguranças de serviço, descrito no WhatsApp destes últimos e divulgado na TV, são de uma violência inqualificável e uma vergonha nacional.
Parece-me impossível que no nosso país, à beira-mar plantado e de brandos costumes que, tenha ocorrido um assassinato a sangue frio, de um cidadão Ucraniano, alegadamente pelas mãos de três inspetores do SEF, pessoal licenciado e com formação adequada, um deles munido com um bastão, bem como me parece impossível a tentativa de encobrimento do crime por parte da estrutura do SEF, durante todo este tempo.
O Estado falhou rotundamente no tratamento desta situação, que demorou nove meses a aboborar, o que demonstra o que há demais sinistro e perigoso na estrutura encarregue de zelar pela segurança e que dispõem do monopólio do estado, para em nome dele exercer a sua autoridade.
Portugal sendo um dos países Signatários da Carta de Direitos Humanos da ONU e, que se preza de ser um estado de direito, não pode deixar em claro este triste episódio, que deve ter consequências nos planos político e judicial, pois a culpa não pode nem deve morrer solteira.
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