Efemérides & Curiosidades Geral

Dia Mundial do Pão

Assinala-se hoje, dia 16 de Outubro, o Dia Mundial do Pão.

A data foi instituída pela União Internacional de Padeiros e Afins em 2000 para celebrar este alimento essencial. O pão é o alimento mais popular do mundo, estando presente nas várias refeições, assim como é o alimento mais versátil, dando origem a inúmeras receitas. 

História do pão

A história do pão remonta a milhares de anos, com evidências de produção de pão datando do Neolítico. Inicialmente, os grãos eram moídos e misturados com água, resultando em uma massa que era assada em pedras quentes. O desenvolvimento do fermento natural trouxe uma revolução na produção de pão, tornando-o mais leve e saboroso.

O primeiro registo do pão fermentado data de, aproximadamente, 4 mil anos a.C., quando os egípcios, realizaram a fermentação de uma massa de trigo. O pão era o alimento do povo. Os egípcios amassavam o pão com os pés, utilizando espécies de trigo de qualidade inferior. O trigo de qualidade superior estava reservado para os ricos.

Foram os romanos que espalharam o consumo do pão pela Europa. Era costume fazer-se uma cruz na massa do pão e rezar para que ele crescesse bastante, o que originou um corte que ainda se vê nos pães de hoje. Até à Idade Média o número de pães era uma medida de pagamento. 

Para os cristãos o pão é um alimento sagrado: um símbolo do corpo de Deus, da vida e de partilha. 

O Pão na Cultura

O pão transcendeu o seu papel como uma simples fonte de nutrição para se tornar um símbolo cultural. Em muitas culturas, o ato de compartilhar pão é ritualizado e associado à hospitalidade. Na mitologia grega, o pão está ligado a deusa Deméter, que simboliza a colheita. Na tradição cristã, o pão é central na Eucaristia, representando o corpo de Cristo.

Diversidade de Pães ao Redor do Mundo

Cada cultura desenvolveu a sua própria variedade de pães, refletindo os ingredientes disponíveis, as técnicas locais e os gostos regionais. O pão francês é conhecido pela sua crosta crocante e miolo macio, enquanto o pão indiano naan é feito em fornos de barro. A diversidade de pagamentos ao redor do mundo é um testemunho da adaptação criativa da humanidade aos recursos locais.

Pão de Mafra

O Pão de Mafra é um dos tesouros do mundo rural português, reconhecido pelo seu sabor adocicado, miolo macio e crosta pouco rija.

Desde 2012 que o Pão de Mafra é uma marca registada. O principal objetivo da certificação do produto foi desde logo o combate às falsificações, que sempre foram um problema para os produtores.

Quanto à receita, pode-se apenas divulgar que se trata de um pão com elevada percentagem de água, composto por farinha de trigo tipo 80, farinha de centeio tipo 70, sal e levedura.

Barril, Carvalhal e Encarnação são as localidades onde esta atividade tem mais relevância, produzindo pão para todo o país.

Para promover a marca Pão de Mafra, a Câmara Municipal organiza anualmente o Festival do Pão, no Jardim do Cerco.

Nutrição do Pão

Do ​​ponto de vista nutricional, o pão é uma fonte valiosa de carboidratos, fibras, vitaminas e minerais. No entanto, a escolha do tipo de pão é crucial. Pães integrais oferecem benefícios adicionais de fibras e nutrientes em comparação com os pães orgânicos. Nos tempos modernos, a consciência sobre a saúde levou ao desenvolvimento de pães especializados, como os sem glúten, para atender a diferentes necessidades alimentares.

Curiosidades

  • A Organização Mundial da Saúde recomenda que as pessoas comam 50 quilos de pão em um ano. O país que mais come pão é Marrocos, sendo que em média cada marroquino come 100 quilos de pão por ano. O País que mais se aproxima do ideal é o Uruguai, comendo em média 55 quilos por ano (por pessoa).
  • Ao longo da história, a posição social de uma pessoa podia ser discernida pela cor do pão que ela consumia. Pão escuro representava baixa posição social, enquanto pão branco, alta posição social. É porque o processo de refino da farinha branca era muito mais caro. Atualmente, ocorre o contrário: os pães escuros são mais caros e, por vezes, mais apreciados por causa de seu valor nutritivo.
  • Para os judeus, o fermento simboliza a corrupção. Por isso, eles só ofereciam a Deus pães ázimos, sem fermento. Até hoje, esse é o pão que eles comem na Páscoa, época em que é proibido consumir qualquer alimento fermentado.

Fonte: CMM e Food Magazine