O atual Governo quer limitar o objeto das ordens profissionais, ou seja, quer alterar a sua finalidade, algo que, em minha opinião, peca por tardio, uma vez que as ordens têm sido na prática muito mais que o que deveriam ser, que é o de regular o acesso às respetivas profissões, dentro dos limites da lei, devendo sempre obedecer ao facto de estarmos num país da União Europeia, onde os diplomas universitários internos, têm de ser obrigatoriamente reconhecidos, por forma a que haja livre circulação de pessoas e bens intercomunidades.
Por outro lado, verificamos que nalgumas ordens profissionais, os bastonários exacerbam as suas funções e agem algumas vezes como sindicatos, outras como oposição aos diversos governos, sempre com objetivo de condicionar a ação política dos órgãos democraticamente eleitos pelo povo, algo que ainda vem do corporativismo do antigo regime, em que a Câmara Corporativa era uma das Câmaras do Parlamento, como tal, com um poder diferente que o atual sistema político, em minha opinião bem, não lhes reconheceu.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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