A solidão no ato de decidir é algo que, ao longo da vida, vamos sendo confrontados, em várias situações, algumas vezes sabendo as suas consequências, outras arriscando.
Sabemos que as nossas decisões e escolhas terão impacto no futuro, por isso depois de tudo ponderar, toma-se a decisão sabendo que esta só depende de ti, por muito que tenhas pedido conselhos a familiares e amigos para a tomar.
Este ato solitário de decidir, de partir, de tomar um caminho em oposição ao outro, muitas vezes, a maioria das vezes, não colhe o apoio dos nossos familiares e amigos, por isso muitas vezes elas dividem e quebram alguns ténues laços, simpatias, levando-nos a criar outros laços, outras simpatias, outras amizades.
A nível, empresarial e político, tal como a nível pessoal, o ato de decidir também é sempre um ato solitário, ou seja, depois de tudo ouvirmos, de nos aconselharmos, de ouvir todos os especialistas, a decisão é tomada por quem tem o ónus de decidir, é o decisor, e só ele deve assumir a responsabilidade dos seus atos.
Muitas vezes somos ótimos segundas figuras, ótimos assessores, mas dificilmente somos ótimos a decidir, pois decidir nunca é fácil, é preciso coragem e assumir riscos.
As decisões tardias, fora de tempo, as não decisões, por vezes têm consequências piores que, uma decisão mal tomada. Quer na vida, quer nas empresas, quer na política, pois depois de tomada qualquer decisão, a responsabilidade é única e exclusivamente de quem a tomou, devendo este estar pronto a delas assumir as suas responsabilidades, e a ser julgado pelas
decisões que tomou.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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