Geral Opinião

Papa Francisco “Santo Súbito”

O Papa Francisco tem sido uma lufada de ar fresco numa Igreja que necessitava de algumas reformas, mas sobretudo precisava de acabar com a cumplicidade para com alguns sacerdotes de nome, mas não de práticas, que durante anos a coberto de uma falsa fé, perverteram em vez de converterem e ensinarem, as crianças que lhes foram confiadas, traindo os ensinamentos dos evangelhos. Padres que não só pecaram, como cometeram crimes, e que por razões contrárias à fé e à decência,  tiveram  e fizeram nalguns seus superiores cumplices dos seus hediondos crimes, porque os encobriram, tentando desesperadamente evitar o escândalo, a que a Igreja se submeteria se se soubesse a verdade.

Esconder crimes e criminosos na era da informação digital é quase uma impossibilidade, e a Francisco coube a espinhosa missão de pedir perdão pelos pecados dalgum clero, e de os denunciar às autoridades competentes, para virar uma página negra da Igreja,  que Bento XVI não teve coragem de fazer, tendo por isso tido a ombridade de resignar, e de se dedicar à oração, embora tivesse sido para a Igreja mais conservadora, um símbolo de falta de unidade, pois sempre representou para eles, o líder da oposição à política de Bergoglio.

Bento XVI era um teólogo, um estudioso, um grande número dois do carismático e Santo João Paulo II, mas não tinha nem o carisma, nem a coragem de um líder, tendo feito bem em resignar.

Francisco foi o líder que a Igreja precisou, e precisará caso sobreviva, pois  fez a Igreja voltar a ser a Igreja de Cristo, sem faustos, sem grandes  cerimoniais bacocos, mas sim uma igreja aberta a todos, todos, todos, o seu grande lema do papado, que fará com que seja eternamente recordado, tal como o Santo a que foi buscar o seu nome São Francisco de Assis.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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