O 11 de setembro nos EUA mostrou ao mundo as vulnerabilidades em termos de defesa aérea, essencialmente do Pentágono e na área adjacente, onde fica localizada a Casa Branca, a residência oficial dos presidentes dos EUA.
Os oficiais americanos com quem falei uma semana depois do ataque terrorista com um avião ao Pentágono, numa visita oficial que aí efetuei, estavam perplexos com a situação, havendo alguns mesmo numa atitude de negação da realidade, pois em termos reputacionais mundiais, os EUA começaram a ser vistos com alguma descredibilidade e como vulneráveis a um ataque por via aérea, algo impensável até então que acontecesse à superpotência mundial.
O ataque com alegadamente dois drones ao Kremlin na Rússia, um país em guerra com a Ucrânia, a ser verdade, constitui também um rude golpe à credibilidade da Rússia e dá sua capacidade efetiva de defesa aérea. A ser uma operação de falsa bandeira, como alguns especialistas militares afirmam, penso que o prejuízo que causou em termos de descredibilidade e de vulnerabilidade, não compensando as eventuais vantagens que dele possam vir a tirar no futuro.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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