Macron, o Presidente em exercício da União Europeia, tem estado à altura do cargo que atualmente exerce, rotativamente, e tem sido uma peça -chave na diplomacia mundial, neste momento crítico para a Segurança da Europa e do Mundo.
Este facto de ser Presidente em exercício da UE, tem sido, espero que não propositadamente, completamente omisso por parte da Comunicação Social e seus analistas, que adoram, não sei que agendas seguem, desprezar a UE e todo o caminho possível, que ela tem trilhado, desde a célebre frase proferida por Henry Kissinger, repetida até à exaustão, de que não saberia a quem telefonar, na Europa em cão de necessidade.
A União Europeia não é uma federação, nem tem umas Forças Armadas próprias, porque os estados soberanos não querem, e a Comunicação Social, e alguns comentadores, que sabem disso, e que também não querem um Estado Federal, continuam a bater na tecla da inação Europeia e da falta de capacidade desta em termos de segurança e defesa, que atualmente é dadas as circunstâncias, já não é assim tão irrelevante, e tem desempenhado um papel ativo como ator global, e muito especialmente, na sua segurança próxima, nomeadamente no Norte de África e no Sahel.
A presente crise ucraniana, e Putin em particular, está a contribuir, embora o não pretenda, para uma união mais forte dos Estados-membros da UE, que nestas semanas parece terem esquecido as suas pequenas desavenças e centrando-se no essencial, pois nada como uma ameaça duma guerra para unir a Europa e a União Europeia, que nasceu no rescaldo da II Guerra Mundial, com o grande objetivo de impedir que os seus membros voltassem a entrar numa guerra.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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