Geral Opinião

Lula tem que se afirmar como estadista e não chefe de fação

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

Num país dividido ao meio, como é o Brasil atualmente, Lula da Silva, no rescaldo da invasão de Brasília, iniciou uma autêntica caça às bruxas, para levar a tribunal todos os organizadores, instigadores e coniventes com o mesmo.

A legalidade democrática deve ser reposta, no entanto, um presidente tem que deixar os órgãos policiais e judiciais do estado de direito atuar, e conseguir distanciar-se desse processo para se afirmar como presidente de todos os brasileiros, e não presidente de uma só fação, permitindo que o centro-direita e a direita se afirmem como alternativa, sem Bolsonaro.

A vingança e o ódio nunca são, nem nunca foram bons conselheiros. Cabe a Lula uma missão de união, devendo para isso ter como referência Nelson Mandela, que não entrou numa via de vingança mas de união.

É nestes momentos que se revelam os estadistas, veremos se Lila o consegue almejar.

Nuno Pereira da Solva
Coronel na Reforma