Geral Religião

JMJ Ericeira, de “armas e bagagens”

Ontem foi o dia que tornou visível todo o trabalho dos mais de cem voluntários que há já muito trabalhavam para que este dia fosse possível.

Quando chegámos à escola António Bento Franco, a azáfama era muita, os Voluntários desdobravam-se em inúmeras funções desde encaminhamento de peregrinos, contactos telefónicos com delegações que ainda estavam a caminho, entrega de credencias e tantas outras coisas que quem está de fora não tem por certo a noção.

Centenas de peregrinos foram chegando ao longo da tarde, maioritariamente italianos, mas não só; espanhóis igualmente, mas o mais assinalável foi por certo a delegação do Sudão. Como alguém comentou, se a delegação do Sudão conseguiu chegar à Ericeira, então está explicada a globalização deste evento mundial.

“As viagens do Sudão do Sul para Portugal são muitíssimo caras, até porque não nos permitem fazer escala noutros países da Europa, temos de ir primeiro para Istambul [Turquia] e só depois, de lá, viajar para Lisboa”, explica a religiosa, que está desde 2020 em missão na diocese de Wau.

Enquanto iam chegando delegações iam-se instalando peregrinos, e no campo de futebol decorreram algumas actividades para “passar” o tempo até à hora da missa campal que se realizou no estado do GDUE.

Na missa campal, com a presença de diversas entidades oficiais e muita população que criou uma moldura humana nas bancadas, foram-se juntando no relvado as diversas delegações.

O Padre Tiago deu as boas vindas a todos, aproveitou a oportunidade para para dar os parabéns ao Padre Jacinto, que por coincidência, completava neste dia o 12º aniversário da sua ordenação.

Depois foi a missa com todos os seus momentos, desta feita, vividos num ambiente menos formal mas com muita envolvência das centenas de peregrinos presentes.

Houve ainda tempo para a distribuição de uma pequena recordação por parte da organização a todos os peregrinos.

Don Marcello Cruciani, um dos padres responsáveis pelo grupo de peregrinos italianos da região da Umbria, ofereceu às Paróquias da Ericeira e Carvoeira uma imagem em madeira que de acordo com a explicação que nos foi dada pela,organização “foi de uma cruz semelhante que um dia um jovem chamado S. Francisco de Assis ouviu “vai Francisco e reconstrói a Minha Igreja”. A JMJ é uma oportunidade de evangelização e renovação da Igreja, como Deus quer, com todos os jovens!”

Para encerar, a filarmónica da Ericeira fez-se representar entoando o hino desta Jornada Mundial da Juventude.

Texto e fotografias de Carlos Sousa/ KPhoto