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Contrapé: Por esse rio acima de 125 azul

A primeira vez que vi os Contrapé foi no Jardim do Cerco e lembro de ir algo duvidoso e só fui pela curiosidade de ser um grupo de Mafra e de pessoalmente gostar de apoiar a cultura local.

Desta vez já sabia ao que ia e confesso que mais uma vez ia curioso, dado o ambiente intimista destes concertos das “Quartas Perfeitas” e qual seria a postura de Lourenço Henriques, que é um multifacetado. Além de músico é também ator e dono de uma personalidade crítica e de um humor especial.

Mantem o estilo e entra em palco de forma calma e entre originais e covers vai testando e quebrando o gelo com o público.

Cada canção, principalmente nos temas da autoria dele ou do grupo, é um pedaço das vivencias do grupo.

Mais uma vez, fez parte do alinhamento a história que contou antes de cantar “Não te apegues a mim”, um momento muito intimo.

Num momento em que fica sozinho no palco, apresentou “Raio X” onde conta a historia de um amigo que numa encruzilhada de depressão e tristeza, acaba por se suicidar.

Terminou o concerto a apresentar uma versão de “125 Azul” de Luís Represas e “sacou” um grande final e uma grande ovação da sala. Pena a sala não estar esgotada, pois os Contrapé mereciam esse prémio.

Os Contrapé, formados por Miguel Nogueira, pela Maria Campos, pelo Gonçalo Silva e Lourenço Henriques, mais uma vez apresentaram em palco qualidade, boa disposição e vontade de realçar que a Oeste, a cultura e a música em particular estão bem e recomendam-se.

Texto e fotografias de Carlos Sousa/ KPhoto