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COMO QUASE TUDO… FARMÁCIAS FALIDAS & PENHORADAS

Está tudo em maus lençóis

COMO QUASE TUDO…FARMÁCIAS FALIDAS & PENHORADAS

Já lá vai o tempo da minha avó, que era de Mafra e morreu perto dos noventa anos, dizer que o melhor negócio era aquele que nunca ia à falência, e dava o exemplo: Tabernas e farmácias. Já foi chão que deu uvas.

Em quatro anos e meio, registou-se um aumento de 247% no número de insolvências, o que significa que se passou de 61 farmácias com registo como insolvente em 2012 para 212 em abril de 2017, ou seja, um acréscimo de 151 farmácias.

Nesta análise são consideradas insolventes as farmácias que apresentaram ou requereram insolvência e as que estão em processo especial de revitalização.

Também o número de penhoras aumentou nos últimos quatro anos e meio (110%), passando de 180 em dezembro de 2012 para 379 em abril deste ano.

Tendo em conta o total de farmácias da rede nacional, há 20,1% de unidades com ações de insolvência ou penhora.

Nos últimos cinco anos, as farmácias em insolvência ou penhora subiram 145%.

Só nos primeiros quatro meses deste ano, sete farmácias entraram em insolvência e 16 foram alvo de penhoras.

Num comentário a estes dados, a ANF diz, em comunicado, que “as dificuldades económicas do setor colocam em causa a cobertura farmacêutica nacional, a rede de saúde de proximidade à população e o acesso ao medicamento”.

A nível nacional, as farmácias com ações de insolvência ou de penhora representam 20,1% da rede farmacêutica nacional, o que se traduz em 591 farmácias portuguesas. Entre dezembro de 2012 e abril de 2017 o número de farmácias em insolvência subiu de 61 para 212, mais 247,5%. No mesmo período, o número de farmácia com ações de penhora aumentou de 180 para 379, o que representa um aumento de 101,6%. Estas são conclusões do mais recente estudo do CEFAR para a Associação Nacional das Farmácias.

As farmácias estão empenhadas em trabalhar com o Governo sobre este problema que afeta milhares de portugueses e que põe em causa o acesso ao medicamento.

Tudo complicações para o Zé pagante que somos nós.

E sabe-se lá como vai ser o futuro próximo. Muito mais próximo do que imaginamos.

Helder Martins