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Como ajudar os animais a suportar o fogo de artifício

Foto: Petanjo

Já não é uma novidade para os donos de animais de estimação: o barulho do fogo de artifício pode assustar os nossos cães e gatos ao ponto de entrarem em pânico e, isso pode deixar graves consequências no seu melhor amigo ou até mesmo, a sua morte. Para evitar que isso aconteça, trazemos-lhe alguns conselhos de como podemos minimizar os danos e acalmar os amigos de quatro patas.

Na noite de 31 de Dezembro, as doze badaladas podem revelar-se um inferno para cães e gatos com o barulho “ensurdecedor“, do fogo de artifício. A audição de cães e gatos chega a ser quatro vezes mais apurada que a dos seres humanos. Por isso, o ouvido mais sensível, principalmente dos cães, faz com que a reação aos sons seja muito diferente da dos humanos, fazendo com que o barulho dos foguetes possa causar um grande impacto no sistema nervoso central dos animais.

Os cães têm a audição como um dos sentidos mais aguçados. Por serem animais com instinto de guarda, eles são preparados para ouvir tons que o ouvido humano não é capaz. Assim, nós não conseguimos entender o tanto que os fogos com barulho os prejudicam. Em queimas de fogos, cachorros podem apresentar sinais de estresse, agressividade, ansiedade e até enfartes. Alguns chegam até a morrer nessas situações”, alerta a fundadora do Centro Educacional de Cães Aufabeto.

Saiba com ajudar o seu melhor amigo a passar a última noite do ano, da melhor forma possível.

Como aliviar o stress dos cães

Antes

  • Nos dias em que já souber que haverá fogos de artifício, procure gastar a energia acumulada do seu cão. Então, saia com ele, brinque, deixe-o correr. O cão sem essa energia acumulada ficará muito mais tranquilo no momento do barulho;
  • Acostume o seu cão a associar comida e barulho. De forma muito delicada, comece a colocar sons como um trovão e fogos de artifício em volume muito baixo quando ele for comer. Aos poucos, aumente o volume. Mas é importante que o cão não sinta medo em momento nenhum. Se ele parar de comer, volte ao volume anterior;
  • Tente, sempre que possível, acostumar seu cão a ambientes um pouco mais barulhentos e agitados, sem colocar a saúde deles em risco. Faça com que ele conviva com música, pessoas e outros cães. Isso pode ajudar que ele enfrente momentos de stress com menos ansiedade.

Durante

  • Deixe seu cão o mais confortável possível, de preferência num sitio comodo onde ele não se possa ferir. Feche as janelas e portas, para tentar diminuir o barulho;
  • Se ele escolher um esconderijo, respeite, é onde ele se sente seguro. Caso o seu cão não tenha, pode você mesmo criar uma casinha para que ele se abrigue nesses momentos;
  • Nunca deixe o seu cão acorrentado. Ele pode ferir-se para tentar escapar;
  • Não o deixe sozinho, tente manter pelo menos uma pessoa com ele;
  • Se ele precisar de ficar sozinho, deixe uma TV ligada. A ciência já comprovou que a voz humana acalma e transmite segurança para aos cães;
  • Se mora num apartamento, confira as grades e redes de proteção para evitar que ele tente fugir e se magoe com gravidade;
  • Uma péssima atitude é entrar em pânico e começar a mimar em demasia o seu cão. Palavras de conforto como “Pobre animal! Aguenta só mais um pouco, o barulho vai já acabar!” não são percetíveis para o seu companheiro de quatro patas; este sentirá, pelo contrário, por toda a atenção e mimos que lhe são dados que os seus receios se confirmam. Sabemos que é difícil, mas é fundamental ignorar os nervos do seu cão e comportar-se da forma mais “normal” possível. É claro que pode (e deve!) cuidar do animal – porém, deve evitar ter pena dele e mimá-lo em demasia. Sentem-se aconchegados no sofá, enquanto você aproveita a companhia da família, lê um bom livro, ouve os seus discos favoritos e bebe um copo de bom vinho. Tanto a sua proximidade como o seu comportamento tranquilo transmitirão muito mais segurança ao animal do que se andar a correr nervosamente pela casa e lhe falar de forma agitada. Faça-o ver que os barulhos lá fora não são nada de extraordinário.