Geral Opinião

As urnas deram razão a Marcelo

O Presidente da República, ao utilizar o seu poder máximo, conhecido na gíria política pela bomba atómica, dissolveu o Parlamento na sequência da não aprovação do Orçamento de Estado para 2022.

Até hoje não houve nenhum Presidente que, após ter usado este poder que a Constituição lhes confere, após as eleições, não tenha conseguido clarificar a situação política, pois o povo tem sempre reconhecido nas urnas, as razões por estes invocadas para eleições.

Marcelo quis clarificar a situação, quis estabilidade governativa e conseguiu-a, pois o PS teve, pela segunda vez na sua existência, uma maioria absoluta, que lhe permite governar o país por quatro anos, sem sobressaltos.

Se eram estes os resultados eleitorais que o Presidente da República realmente pretendia, penso que não, no entanto ninguém o poderá realmente afirmar, o que é certo é que esta clarificação eleitoral, lhe deu razão, tendo justificado plenamente o uso da Bomba Atómica, esperando-se agora que Marcelo utilize os poderes que a Constituição lhe confere para fiscalizar o Governo.

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva