Geral Opinião

António Costa pede fundos comuns à UE

Foto: TVI

A União Europeia uniu-se nas medidas para fazer face à pandemia, nomeadamente na compra centralizada de vacinas, bem como nas medidas que levaram à adoção duma espécie de passaporte vacinal, que permitiu aos europeus poderem cruzar as fronteiras internas europeias sem necessitarem de quarentenas.

A maior conquista nesse período foi, no entanto, o facto de pela primeira vez na sua história, a União Europeia, como instituição e como entidade política, ter pedido um empréstimo no mercado e, de com ele ter concretizado um programa de apoio financeiro aos Estados-membros, para que estes pudessem fazer face aos problemas económicos internos  provocados pela pandemia, e poderem mais facilmente convergir para os objetivos comuns, nomeadamente a digitalização económica, o “green deal” e a autonomia energética da UE, relançando assim a economia europeia.

Perante a invasão da Ucrânia os países europeus voltaram a unir-se e aplicaram sanções económicas muito assertivas com o fim de estrangular a economia Russa e obrigar Putin a recuar na sua intenção de invadir a Ucrânia.

A guerra e as sanções impostas a Putin têm também repercussões em todo o espaço europeu, quer pelo aumento do preço do petróleo, quer no aumento do preço dos cereais, trigo e sementes de girassol, ameaçando todas as economias dos Estados-membros, muito em especial Portugal, economia aberta, frágil e muito endividada.

No sentido de novamente se tomarem medidas comuns, como no caso da pandemia, tais como a compra de combustíveis e gás em conjunto, bem como criar novas infraestruturas para receber e armazenar gás liquefeito, para substituir todas as importações desses produtos da Rússia, bem como medidas económicas, novamente através da constituição dum fundo comum de emergência, que permita à Europa conseguir em conjunto superar, mais esta crise grave.

Neste sentido o Primeiro Ministro António Costa, iniciou no dia 16 do corrente mês conversações com a Presidente do Parlamento Europeu, que desde já saúdo, tendo esta iniciativa portuguesa constituindo  um “benchmarking” importante para Portugal e para a nossa economia.

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva