Os aditivos alimentares são substâncias, naturais ou artificiais, adicionadas aos alimentos para aumentar o seu prazo de validade ou fornecer-lhes cor, sabor e/ou consistência.
O que são?
Aditivos são substâncias naturais ou artificiais, na sua maioria sem valor nutricional significativo, que são adicionadas, intencionalmente, aos alimentos em diversas etapas do processamento, desde a sua produção, à transformação, ao acondicionamento, ao transporte e ao armazenamento.
Têm o intuito de aumentar o prazo de validade dos alimentos, fornecer-lhes cor, sabor e/ou consistência. Nos rótulos alimentares, podem ser referenciados pelo nome da substância ou pelo código “E”. As condições de utilização dos aditivos alimentares encontram-se regulamentadas, designadamente a nível das doses permitidas e dos alimentos em que podem ser utilizados. Assim, se forem utilizados nas condições estabelecidas e consumidos nas quantidades recomendadas, os aditivos alimentares não apresentam problemas para a saúde.
De acordo com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), os estudos efetuados nesta área apresentam algumas limitações, uma vez que se realizam em animais e a extrapolação dos dados para o homem não é completamente linear. Por outro lado, a dose diária admissível pode ser ultrapassada, em resultado do crescente número de alimentos a que são adicionados um ou mais aditivos, e da sua combinação na ingestão alimentar diária.
Deste modo, é indispensável a realização de mais estudos para assegurar a defesa da saúde dos consumidores.
Exemplos de classes de aditivos alimentares:
Corantes: substâncias que conferem ou restituem a cor dos alimentos;
Conservantes: substâncias que prolongam o prazo de conservação dos alimentos, protegendo-os contra a deterioração causada por microrganismos;
Antioxidantes: substâncias que prolongam o prazo de conservação dos alimentos, protegendo-os contra a deterioração causada pela oxidação, tal como a rancidez das gorduras e as alterações de cor;
Emulsionantes: substâncias que tornam possível a formação ou a manutenção de uma mistura homogénea de duas ou mais fases imiscíveis (ou seja, que não se misturam), como óleo e água nos alimentos;
Espessantes: substâncias que aumentam a viscosidade dos alimentos;
Intensificadores de sabor: substâncias que intensificam o sabor e/ou o cheiro dos alimentos;
Edulcorantes: substâncias utilizadas para conferir um sabor doce aos alimentos ou utilizadas nos edulcorantes de mesa. Também conhecidas como adoçantes;
Acidificantes: substâncias que aumentam a acidez dos alimentos;
Reguladores de acidez: substâncias que alteram ou controlam a acidez ou a alcalinidade dos alimentos;
Gelificantes: substâncias que dão textura aos alimentos através da formação de um gel.
É importante salientar que a utilização de aditivos em alguns alimentos é essencial, uma vez que estes prolongam o tempo de vida dos produtos nas prateleiras e que realçam características que, naturalmente, não existiriam.
Contudo, existem aditivos alimentares com efeitos não benéficos e, apesar de estarem bem definidos intervalos de segurança e níveis de exposição toleráveis, devem-se evitar listas de ingredientes intermináveis.
Consciencializar a população e promover a sua capacitação é crucial. A adoção de um estilo de vida saudável começa logo no ato de ir às compras, quando escolhemos quais os alimentos que levamos para as nossas casas.
Deste modo, na aquisição de alimentos, é essencial a análise da lista de ingredientes, bem como da declaração nutricional que consta no rótulo. Pelo sim, pelo não, prefira o alimento mais natural possível.
Fonte: Lusíadas
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