Opinião

Acerca da viagem de João Loureiro ao Brasil

Despercebi a notícia, como se diz em São Tomé e Príncipe, acerca duma viagem de negócios, de alguns empresários portugueses ligados ao futebol, entre os quais se encontrava João Loureiro, ao Brasil.

Não consegui perceber, como é que em plena pandemia e com o país em estado de exceção, com todas as ligações aéreas diretas via TAP Air Portugal, estão cortadas e proibidas entre Portugal e o Brasil e vice-versa, por causa da variante Brasileira do Covid, que gostaríamos que
não viesse para Portugal, alguns empresários do futebol vão à América Latina e ao Brasil em voos diretos privados, e aparentemente regressam, alguns em voos privados diretos, outros em voos comerciais, embora não diretos, onde estranhamente à chegada não são sujeitos nem a testes de Covid, nem a quarentena, fazendo-nos questionar a eficácia das atabalhoadas medidas deste governo.

Soube pelas notícias que o empresário João Loureiro, filho do Valentim Loureiro, terá ficado no Carnaval no Brasil, para prestar depoimentos na Polícia Federal Brasileira, uma vez que o jato particular onde estava previsto regressar em voo direto para Lisboa, tinha escondidos cerca
de 500 kg de droga na fuselagem.

Não ponho em causa a inocência do senhor, que parece estar realmente inocente, nesse caso de tráfico de droga, ponho em causa a existência de voos de e para o Brasil, privados, diretos, ou indiretos, uma vez que todos deveriam estar proibidos.

Pelos vistos as proibições de voar são só para alguns, e só para os que viajam na TAP.

Como de costume não há nada de novo debaixo do sol!

Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva