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A utilização de munições cegas contra gaza é um erro-crasso das forças de defesa de Israel

Foto: O Globo

Atualmente no território de Israel existem tantos palestinianos como israelitas, uma vez que os palestinianos incentivaram a natalidade, pois o crescimento exponencial da sua população, dentro de algumas gerações por si só, será um problema para os israelitas, pois para além duma fonte importante de recrutamento de novas gerações de guerrilheiros, também será impossível contê-los em territórios cada vez mais exíguos, pois os novos colonatos judeus avançam, embora ilegalmente, ocupando territórios dos palestinianos.

Esta estratégia palestiniana foi também usada no território de Gaza, onde uma grande percentagem dos seus habitantes são crianças e jovens. De acordo com as informações que disponho por cada criança que nasce, o Hamas dá um subsídio pecuniário à mãe, o que numa terra sem emprego não é despiciendo.

Este “boom” de crianças, esta ferramenta estratégica dos palestinianos, foi também adotada pelo Hamas no território da Faixa de Gaza, para ganhar poder no futuro, embora indiretamente tem sido utilizada eficazmente pelo grupo terrorista, nesta batalha contra Israel , pois ao esconder-se, como tática usual da guerrilha, na população donde emanam os seus guerrilheiros, quando há bombardeamentos por parte dos israelitas, são estes que mais aparecem como vítimas por entre os escombros e nos hospitais, e que passam nos meios de comunicação social de todo o mundo, que com as imagens que neles continuamente passam, fica logo sensibilizado pela sua causa,  pelo horror das mesmas, fazendo que imediatamente  se solidarizem com a sua causa.

Os israelitas, que no início desta batalha estavam a vencer a guerra da comunicação, com as imagens destas crianças feridas e mortas que diariamente aparecem nas televisões, estão a perdê-la, porque decidiram ao longo do conflito, deixar de usar somente munições guiadas e precisas, passando a usar todo o tipo de armas e munições cegas, contra centros urbanos, escolas e hospitais, desprezando o número de baixas que pode vir a infligir, desde que consiga o seu objetivo político, de destruir a estrutura militar do Hamas.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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