Efemérides & Curiosidades

A origem e o significado das tradições da passagem de ano

A passagem de ano está cada vez mais próxima, e decidimos trazer-lhe algumas das mais populares tradições que se cumprem na última noite do ano. Fique a conhecer as suas origens e os seus significados.

Estrear roupa interior azul

Uma das tradições mais conhecidas e utilizadas é sem dúvida a de estrear roupa interior azul na passagem de ano Esta cor, que se crê dar sorte, associa-se também à harmonia. Em Portugal o azul é sem dúvida a cor mais utilizada, mas também há quem vista cuecas de outras cores, como vermelho (simboliza amor e paixão), cor de rosa (romance e harmonia), branco (paz e tranquilidade) ou verde (bem-estar e contacto com a natureza).
Em Itália, por exemplo, é tradição oferecer-se cuecas vermelhas às mulheres, desejando-lhes um ano feliz.

Pedir 12 desejos enquanto come 12 passas

A tão conhecida tradição de comer 12 passas e ir pedindo 12 desejos (1 por cada mês do ano), começou em Madrid, no final do século XXI, quando os espanhóis se começaram a reunir e a comer passas em vez de uvas em protesto contra uma taxa criada pelo município para quem queria celebrar o Dia dos Reis Magos antes de tempo (na altura não se celebrava o ano novo no dia 31 de dezembro, mas sim o Dia de Reis, a 5 de janeiro).
O protesto tornou-se uma tradição tão popular, que hoje muitas pessoas, em vários países, cumprem-na “religiosamente”.

Esconder dinheiro no sapato, bolsos ou na mão

A ideia de ter moedas na mão como sinal de boa sorte terá surgido da tradição do Dia do Cuco, do século XIX, segundo a qual quem visse aquela ave migratória (símbolo da primavera) e encontrasse dinheiro no bolso teria um ano de riqueza.
Seguindo a crença oriental de que a energia entra pelo corpo através dos pés, muitos são os que não dispensam passar a meia-noite com uma nota no sapato, no bolso ou na mão. Aliás, há quem faça a primeira compra do ano com essa nota.

Bater em panelas ou loiça

Nos anos 1950 e 1960, era costume atirar pratos e tachos velhos pela janela mas, por razões óbvias, esta tradição foi proibida.
Hoje em dia, quando toca as dozes badaladas, é comum ouvir panelas a bater, tambores, apitos e buzinas. Quem faz barulho no ano novo – uma tradição mais forte no sul do país e que remonta a antigos rituais pagãos – acredita estar a afugentar os maus espíritos do ano anterior.

Entrar com o pé direito

Subir para uma cadeira ou um ponto mais alto, é outra das tradições que muitos acreditam dar sorte.
Segundo a tradição, tem de se subir com o pé direito (habitualmente associado à sorte) e com uma nota na mão, para garantir prosperidade durante o novo ano.
Há quem diga que saltar com o pé direito três vezes à meia-noite e com um copo de champanhe na mão ou dançar ao ar livre à volta de uma árvore também surte (teoricamente) o mesmo efeito.

Beijar a cara metade

Não se sabe ao certo onde terá surgido esta tradição mas há quem diga que estará ligada a um festival romano em honra de Saturno, que se fazia numa época muito próxima à da atual passagem de ano, e em que todos se beijavam como ato de celebração.

Tomar o primeiro banho do ano no mar

A crença de que se tomar o primeiro banho do ano no mar enrijece os ossos, dá saúde e purifica o espírito, leva dezenas de pessoas a ir à praia e entrar na água gelada na manhã de 1 de janeiro.
Esta tradição é muito popular, principalmente, em Carcavelos, Vila do Conde e Faial, nos Açores.

Brinde com champanhe

Acredita-se que brindar com champanhe (e de preferência em flutes) traz vitalidade e saúde, e que para reforçar as boas energias se deve guardar a rolha da garrafa e só deitá-la fora no ano seguinte