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A entrevista do General João Lourenço ao Expresso

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O Expresso faz manchete com uma entrevista ao Presidente de Angola, General João Lourenço, um ano depois de ter sido reeleito e na semana em que Luanda é anfitriã da Cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que para além dos antigos territórios que administrámos e colonizámos no passado e que falam português, admitiu há uns anos atrás no seu seio a Guiné Equatorial, e a esta têm também paulatinamente aderido vários outros países como observadores, oriundos de diversos continentes pois os portugueses neles  estiveram presentes desde o século XV, altura em que fomos os verdadeiros percursores da globalização.

Para a semana que vem, Portugal e Angola assinarão vários novos acordos de cooperação bilateral estratégica, que só reforçam os nossos laços estreitos com o país que sempre esteve no coração dos portugueses.

Realço ainda que no campo da Cooperação Militar foi lançado em Luanda, esta semana um livro, que traduz as profundas relações nesta área em que temos e tivemos vários projetos importantes e estruturantes, que muito têm contribuído para as boas relações entre dois estados independentes, mas com vários interesses em comum.

A entrevista é muito interessante e importante, pois foca vários pontos em que temos e tivemos vários interesses em comum, e dela destaco a necessidade expressa por João Lourenço em cooperarmos no âmbito do desenvolvimento turístico do país, serviço agora designado por indústria, em que nos especializámos e que detêm grande importância no nosso PIB.

Penso que Portugal podia ser uma mais valia nesta área para Angola, na área da capacitação de recursos humanos, quer a nível do ensino universitário na área de gestão hoteleira, quer na implementação de escolas profissionais que, à semelhança das nossas,  conjuguem um projeto educativo com um projeto de formação, pois a língua que partilhamos é a nossa mais valia nesta área.

Conhecendo Angola e as duas paisagens idílicas, com uma costa extensíssima e um interior com grande diversidade de paisagens naturais, e ainda por explorar, penso realmente que Angola poderá ser um destino privilegiado para os turistas a nível global, caso o país prossiga as políticas públicas que tem vindo a implementar, e que têm promovido o desenvolvimento e o progresso, que só são possíveis pois o país está há cerca de duas décadas em paz, e conseguiu que a UNITA se transformasse num partido político, que integra o parlamento.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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