No passado domingo, com o apoio da município de Mafra e da Escola das Armas, a sala Elíptica do Real Edifício de Mafra, ficou repleta de beleza, movimento e histórias contadas pelas bailarinas da Academia de Dança Susana Galvão.
As bailarinas Catarina Sousa, Inês Galvão Teles, Maria Róis, Matilde Romão e Susana Galvão Teles interpretaram as coreografias de Susana Galvão Teles num espetáculo dividido em duas partes – “Invasão” e “Abraço”.
“Entrar numa casa sem pedir licença. Obrigar o corpo a reconstruir paredes, a pisar outro chão, a criar novas raízes. A história do movimento de um povo que, para viver, se viu obrigado a perder: o ofício, os meios e o sustento. De uma casa sobrou a cadeira. Uma cadeira que é berço, que é escudo, que constrói, que resiste e une. Que reúne o povo à mesa.” – Esta foi a proposta para que pudéssemos imaginar o que os corpos das bailarinas nos transmitiram numa interpretação dramática e cheia de emoção.
“Se num abraço já não podem estar braços, prefiro abraçar a possibilidade de um abraço o vir a ser outra vez. A história de três casas, três objetos, três corpos que se fecharam à chave sem se poderem visitar, relacionar, tocar. O movimento que nasce da obrigação de afastamento, que se transforma com a solidão e se reconstrói no reencontro de dois, três, seis, todos os braços (e abraços). De portas abertas.” – Para a 2ª parte, uma história de solidão com um final feliz, a solidão forçada, a resiliência e o abraço que abriu a porta para o reencontro com a felicidade.
Uma forma agradável de terminar um fim de semana com este espetáculo cativante com que Susana Galvão Teles já conquistou Mafra através das duas coreografias.
Texto e fotografias de Carlos Sousa/ KPhoto
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