Um coração criado propositadamente num porco, foi transplantado num homem, está aberta uma nova era na medicina humana, a de se poderem criar animais e usá-los para criar órgãos, com o fim de serem transplantados em humanos.
Foram ultrapassadas algumas barreiras éticas para aqui se chegar, pois criar animais, geneticamente modificados para este fim, pode abrir uma caixa de Pandora, que não sabemos onde para, pois não sabemos onde fica o limite da criação de seres vivos geneticamente modificados para preservarem vidas humanas em risco.
Se não for traçado um limite ético claro, na utilização de seres vivos, para serem utilizados para fabricar órgãos, poderemos vir a criar humanoides, ou mesmo clones humanos para esse fim, algo completamente inaceitável, ética e moralmente.
A genética abre novas portas, mas a ética tem de impor limites à investigação, que tem de ser traduzida num novo ordenamento jurídico e penal.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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