O Irão há cerca de uma semana disse que só negociaria com Trump e a sua administração indiretamente, ou seja, através de Putin. Ontem, dia 7 de abril Trump, numa das suas entrevistas diárias informais na sala oval, afirmou, que no final da semana uma delegação do Irão, iria iniciar conversações diretas com uma delegação americana, o que em minha opinião, deve ter resultado de conversações diplomáticas diretas entre as delegações americanas e Russas, que estão a restar relações diplomáticas, e económicas, no sentido de estabelecerem acordos económicos , bem como para estabelecerem novas áreas de influência no mundo, uma espécie de Yalta 2.0.
Os Iranianos têm estado relutantes em reestabelecer qualquer tipo de acordo com Trump, relativo ao não desenvolvimento de uma arma nuclear, porque desconfiam dele e da sua administração, por essa ser inconstante, e que Trump tanto pode assinar um acordo num dia, como denunciá-lo no dia seguinte, e atacar o seu território, apesar de ter assinado um qualquer acordo, e dão como exemplo a denúncia unilateral do plano de paz, por parte de Israel, estabelecido entre Israel e o Hamas, negociado pelos EUA, e em que Trump se orgulhava, de que só pelo facto de ter ganho as eleições nos EUA, e nelas ter participado na sua parte final, na altura da transição de poder entre Biden e ele, é que este tinha sido possível, e na altura garantia, que ele se iriam cumprir até ao fim, pois com ele como “Imperador” ninguém o quebraria.
O Irão de qualquer forma, quer estabeleça, ou não um acordo com os EUA, dizem estar preparados para uma guerra com os EUA, pois para ela se preparam há vinte anos, e que de qualquer forma, duvidam que os EUA queiram entrar por via terrestre no seu território, no entanto afirmam estar preparados para resistir a tudo, muito em especial a uma guerra de Mísseis, apesar dos sacrifícios de vidas humanas que irão certamente perecer.
Pelo que, e resumindo, parece-me que, as delegações bilaterais diretas entre os EUA e os Irão, vão terminar num acordo, num grande sucesso, para de “Hollywood“ para Trump, que já previamente tudo negociou com Putin, e que a assinatura dum acordo direto entre as partes, é só para Inglês ver, embora , o Irão esteja ciente de que, independentemente do que for assinado com os EUA, este tanto pode ser cumprido, como não.
Apesar de tudo o que escrevi, tenho a plena convicção que o Irão já tem a arma nuclear, só que ainda não a testou na realidade, embora já o tenha feito de forma simulada, pelo que toda esta coreografia, não passa de um jogo de luzes e de sombras.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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