O Ministro da Defesa Nacional anunciou que, as Forças Armadas vão ter uma unidade anti assédio sexual. Nem sei o que pensar, nem o que escrever, tal foi a perplexidade com que fiquei, após ouvir esta triste notícia. Não é a primeira vez que deste Ministério saem ideias peregrinas como esta, tendo a primeira estado relacionada com a modificação da língua portuguesa e da sua linguagem, por forma a ser mais inclusiva, em todos os documentos oficiais que, a partir da data nela explícita, viessem a ser emanadas pelo Ministério, como se a gramática tivesse género.
A primeira ideia esdrúxula, relativa à linguagem inclusiva, teve a duração de dias, tendo sido retirada com uma desculpa “esfarrapada”, culpando um órgão do Ministério pela elaboração e difusão duma diretiva relativa ao assunto em epígrafe, sem ter tido o conhecimento do Ministro.
Espero sinceramente que com esta nova medida se venha a passar o mesmo, e que o Ministério comece a trabalhar nos assuntos que deve trabalhar, e não em assuntos deste género, alheios ao espírito de corpo e camaradagem da Instituição.
As Forças Armadas Portuguesas atualmente estão reduzidas, a no limite tenderem para zero, ou seja, sem meios, sem militares, sem treino, ou seja, sem capacidades militares para cumprirem a sua missão.
Sr. Primeiro-Ministro, nomeie alguém sério e credível para tutelar as Forças Armadas, pois elas são uma instituição séria e que necessita de ter uma boa “governance”.
Como dizia um meu camarada e amigo mais antigo, para se conseguir governar é necessário pelo menos ter uma ideia.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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