PJ anunciou que impediu ataque com a detenção de um jovem de 18 anos que tinha na sua posse várias armas proibidas e um plano escrito com detalhes sobre o que tencionava fazer aos colegas.
A Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária travou ontem, dia 10 de Fevereiro, os planos para um atentado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). O ataque estaria planeado para hoje, dia 11 de Fevereiro, por um jovem de 18 anos, de nacionalidade portuguesa, oriundo de Fátima que se encontrava a residir no bairro dos Olivais, em Lisboa.
O alerta foi dado por autoridades estrangeiras que monitorizam conteúdos na dark web e nas redes sociais, que encontraram indícios do planeamento de um ataque.
Segundo a PJ, esta investigação decorreu por “suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa“, sendo que, avaliada a gravidade do potencial atentado, “foi atribuída a máxima prioridade à investigação, a qual permitiria, no dia hoje, às primeiras horas do dia, interromper a atividade criminosa em curso“.
O suspeito, um aluno português do curso de engenharia informática, terá um perfil discreto e introvertido, não possuindo antecedentes criminais. Este seria um consumidor maciço de informação sobre massacres como aqueles que acontecem com frequência em estabelecimentos de ensino nos Estados Unidos.
O jovem foi detido “em flagrante delito” com várias armas quando se preparava para cometer o atentado. O detido foi indiciado “pela prática do crime de terrorismo“.
O comunicado da PJ adianta ainda que nas buscas efetuadas foram “apreendidos vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais“. Nestes encontravam-se “várias armas proibidas“, mas também “outros artigos suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos, vasta documentação, isto, para além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear“, ou seja, os agentes em questão encontraram o plano para perpetrar o atentado.
O jornal Público adiantou ainda que “no rol de objetos apreendidos há facas, catanas, dardos em aço, um arco e flechas. Não foram descobertas armas de fogo, mas foram encontrados materiais inflamáveis, como gasolina e gás, que a Judiciária acredita poderiam ser utilizados para provocar explosões.“
Os investigadores estão convictos que o jovem planeava o ataque de forma isolada, não havendo ainda informação sobre as possíveis motivações para o mesmo. Para já, contudo, parecem estar excluídas razões de ordem religiosa.
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