Nenhum pai ou mãe é perfeito/a, nem tem de ser, mas há erros básicos que podem ser facilmente alterados e que podem estar a prejudicar o crescimento do seu filho, sem dar conta. Fique a saber quais são e como corrigi-los.
- Superprotegerem os filhos
As crianças devem aprender a resolver eventuais problemas que surjam, o que implica lidar com a deceção e o sofrimento. O facto de os pais quererem poupá-las e protegê-las de tudo o que pode, eventualmente, correr mal, não só é uma missão impossível como vai fazer com as crianças não estejam preparadas nem saibam como reagir quando forem confrontadas com problemas e os pais não estiverem lá para os resolver.
- Serem demasiado autoritários ou permissivos
Vários estudos têm demonstrado que atitudes extremadas dos pais interferem na capacidade que as crianças vão ter, na idade adulta, de regularem as suas emoções e de criarem relações saudáveis. Os pais devem tentar encontrar um equilíbrio que lhes permita disciplinarem, mas sendo justos e flexíveis.
- Compararem os filhos
Muitas vezes, quando os pais fazem comparações entre irmãos, elogiam um e “atacam” aquele a quem o comentário está a ser dirigido. Por exemplo, “A sorte que eu tive com o teu irmão, que tinha sempre boas notas nos testes. Já tu…” Este tipo de comportamento pode criar sentimentos de inferioridade e falta de autoconfiança na criança e fomentar inveja/má relação entre irmãos. Cada criança é única e os pais devem chamar-lhe a atenção de forma justa, incentivando-a, pela positiva, a melhorar (seja o comportamento ou as notas) e mostrando-lhe que acreditam plenamente nas suas capacidades.
- Não darem o exemplo
Isto aplica-se a tudo o que os pais fazem: ao tipo de alimentação e de linguagem que usam, aos hábitos pouco saudáveis, ao modo como tratam os outro. Os pais são os modelos dos filhos – o que significa que estes vão replicar os seus comportamentos e hábitos – e torna-se bastante complicado os progenitores exigirem aos filhos determinados comportamentos e hábitos se, lá está, não dão o exemplo.
- Não saberem comunicar com a criança…
Os pais devem ser claros e concisos quando querem fazer passar uma mensagem. Pesquisas científicas já demonstraram que o nosso cérebro só consegue reter, em simultâneo, quatro “pedaços” de informação, o que corresponde aproximadamente a 30 segundos/uma a duas frases.
- … E não saberem ouvir
A criança tem direito de falar, fazer perguntas e querer conversar com os pais. Os progenitores devem ouvir o que ela tem para dizer (até porque pais que não costumam ouvir vão habituar os filhos a não saberem ouvir) e estabelecer um diálogo com ela.
- Prometerem e não cumprirem
Quando os pais não fazem o que combinaram com os filhos criam-lhes insegurança e desconfiança e ficam com a sua imagem “denegrida“.
- Perderem o controlo
Mais uma vez, quando os pais não são capazes de controlar as suas emoções, o que se podem traduzir através de extrema ansiedade, violência verbal (discussões entre os pais ou com a própria criança) ou, até, violência física, estão a transmitir à criança que é normal e “não faz mal” reproduzirem esses mesmos comportamentos. É obrigação dos pais controlarem as suas emoções e resolverem os seus desentendimentos, não se desrespeitando a si próprios nem à criança.
- Agirem como se tivessem a idade do filho
Se é vulgar uma criança de três ou quatro anos dizer “Já não sou amigo da mãe/pai“, já não é adequado a mãe/pai responderem na mesma moeda dizendo-lhe “E eu já não sou teu amigo” ou, pior ainda, “E eu também já não gosto de ti”. A criança não perceberá que é uma brincadeira e, possivelmente, vai ficar muito sentida. É importante que a criança tenha sempre presente que, embora precise de obedecer a certas regras e que existem algumas coisas que não pode fazer, o amor dos pais é incondicional e infinito – mesmo no “faz de conta”.
Fonte: Cuf Saúde
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