Integrado nas comemorações do Dia Mundial da Dança, no dia 29 de abril, realizou-se o espetáculo promovido pela Academia de Dança Susana Galvão Teles e pela Crevide – A Casa da Rita na Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva, na Ericeira.
“Agora estamos no fundo do mar. Aqui cabemos todos, cada um tem o seu lugar.
Esta é a história de um oceano que, para respirar, precisa que o saibam amar. Aqui o chão é feito de pedras, coberto de areia e deixa-se enrolar sempre que uma onda passar. A luz do dia faz brilhar as curvas e recantos dos corais que servem de casa a todas as espécies daquele lugar. No fundo do mar, os habitantes vivem de partilhar: a casa, as bolhas, o (m)ar!
Embalados pelas ondas da manhã, exibem-se os caranguejos, espreguiçam-se as medusas, enlaçam-se as estrelas e desfilam centenas de peixes que se acompanham sem se cansar. Nesta terra, que por acaso é mar, só vive quem dela sabe cuidar. Entoam-se melodias, ouvem-se salpicos e ecoam ritmos que anunciam a chegada dos reis deste areal: são feitos de conchas, coração de algas e pulmões de sal.
E se lhes tiram a água para respirar? E se lhes tiram o ar para nadar?
Dançamos para que, em terra e no mar, cada um possa ter o seu lugar.”
Nada melhor do que esta narrativa, dos autores do espetáculo, para contar o que de maravilhoso se passou naquela sala de espetáculos.
Um encadear de emoções partilhadas entre todos os “habitantes” deste oceano imaginário, que envoltos em carinho, convivem no reino deste areal que precisa de amor para sobreviver.
Oceano Azul, um mar para todos.
Fotografias e texto de Carlos Sousa/ KPhoto
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