Zelensky anda a recolher apoios para realizar, em Berna na Suíça, uma conferência para a paz no próximo mês.
A paz na Ucrânia está longe, muito longe de ser atingida, pois ao fim de mais de dois anos de guerra, nenhuma das partes no Teatro de Guerra, ainda soçobrou, nem conseguiu ainda atingir os seus objetivos, e ambas as partes continuam a dispor de material de guerra para a continuar, malgrado alguns sobressaltos que a Ucrânia tem tido, por parte de alguns dos deus aliados, que têm tido dificuldades em conseguir a aprovação dos seus parlamentos nacionais atempadamente, características ınerentes aos regimes democráticos que o apoiam, ao contrário dos autocráticos como é o caso da Rússia, onde Putin sozinho decide, e a aprovação da Duma é um proforma.
A Rússia, apesar das sanções, tem conseguido continuar a exportar os seus recursos naturais para outras geografias, que não o Ocidente, principalmente para os BRICs e para o, agora designado pelo sul global.
Os países da organização para a Cooperação de Xangai a que a Rússia pertence, já conseguem fazer transações sem necessitar do dólar, o que tem permitido à Rússia continuar a fazer transações de produtos e bens sem necessidade de recorrer ao sistema financeiro estabelecido pós -ll Guerra Mundial, bem como a não utilizar o Swift e IBAN do qual foi banida, ou seja as sanções ocidentais não têm surtido o efeito desejado de asfixiar o país economicamente e assim tem permitido que a Rússia continue a apoiar logisticamente as suas tropas no terreno, algo que os aliados não previram que acontecesse no início da Guerra.
Baseado no que suprarreferi a paz parece ainda estar longe de se atingir na Ucrânia,, e a Conferência para a Paz que Zelensky está a promover sem a presença da Rússia, não passa de um mero pró-forma, um encontro de amigos, para apoiar a guerra e não para almejar a paz.
A vinda de Zelensky a Portugal , neste sentido, foi importante para Zelensky, que vindo ao nosso país , pretende, através de nós granjear o apoio do Sul global, principalmente dos países da CPLP, bem como pretende o nosso apoio à sua candidatura à UE, ou seja, implicitamente reconhece que o SOFT POER de Portugal é muito relevante, e que pode ser importante para a causa ucraniana.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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