Geral Opinião

O sacrifício dos reféns israelitas pode ser acomodável politicamente

Foto: Euronews

O número de militares israelitas mortos na Faixa de Gaza já ascende a 180, e presume-se que terá tido cerca de 500 feridos, um número que o poder político parece acomodar, pois como em qualquer planeamento operacional, o oficial encarregado de toda a gestão de pessoal, antes de qualquer operação determina esse número, baseado em tabelas existentes que compilam os números de baixas ocorridas em conflitos semelhantes nas últimas décadas.

O poder político e a estrutura superior das Forças Armadas, perante a previsão de baixas nas suas forças analisa se o objetivo a alcançar, compensa as perdas e se compensar a operação é executada.

À semelhança do que acontece com as baixas previstas para uma determinada operação, o número de reféns Israelitas, ainda em cativeiro feitos pelo Hamas, que atualmente são cerca de 160, é um número que embora elevado, parece também poder ser acomodável, se o objetivo político a alcançar for, à semelhança das baixas previstas, politicamente remunerador, e compensar o eventual desgaste político, que as manifestações das famílias e da sociedade civil solidária com elas, podiam causar.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

Adicionar comentário

Clique para comentar