Geral Opinião

O resultado paralelo do Campeonato do Mundo de Futebol

Junto das Instituições Europeias existem grupos de pressão, vulgo  “lobbies”,  organizados e registados cuja atividade é legal.

Dezenas de recém-licenciados, portugueses, entre centenas de outras nacionalidades, encontram o primeiro emprego junto desses “lobbies” e assim vão ganhando conhecimentos, que lhes permitem entrar, posteriormente em carreiras mais sólidas dentro das Instituições Internacionais e acessórias internacionais como a conhecida PWC, que com elas trabalham diretamente.

Os grupos de pressão estão registados e quem com eles tem conexões exerce-o de uma forma legal, havendo registos dos políticos que contataram e que os contataram.

 Há “lobbies” de tudo e existem inclusive Organizações Não Governamentais, com atividades de duvidosa legalidade camufladas, que usufruem de privilégios especiais, que na prática não passam de “lobbies”, que iludindo a lei se tornam mais efeicientes e eficazes.

O Qatar e pelos vistos Marrocos, alegadamente, têm executado “lobbie”, pressão sobre os Deputados Europeus e suas equipas de uma forma ilegal, subornando com dinheiro vivo algumas delas para conseguirem alguns dos seus objetivos estratégicos, facto que está atualmente na berlinda de todos os noticiários internacionais.

Felizmente que o Qatar organizou este campeonato mundial de futebol e que Marrocos foi uma das equipas sensação do mesmo, senão nada disto se teria descoberto, parece-me no entanto que a quantia descoberta para subornar uma eurodeputada europeia era avultada demais para o que esta poderia conseguir, uma vez que o que esta concretizou foi somente um discurso em que referia que o Qatar não tinha sido tão desrespeitador dos Direitos Humanos, aquando da construção dos estádios, e estava em vias de conseguir que o Parlamento Europeu fosse menos restritivo relativamente a vistos para migrantes do Qatar para a Europa, que como sabemos não existem, pois a população Qatar é mínima e o Estado paga a todos, mesmo sem trabalharem, um ordenado de milhares de euros.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma