Geral Opinião

O regresso à mesa das negociações na guerra da Ucrânia

De acordo com o grande estratega Clausewitz, que no século XIX teorizou sobre a guerra, como a continuação da política, ou seja, da Diplomacia por outros meios, e que nela não se pretende aniquilar o inimigo, mas sim alcançar uma posição de superioridade para se voltar a negociar em vantagem.

Henry Kissinger, um dos grandes estrategas do século XX, em Davos, aconselhou a que se voltasse rapidamente à mesa de negociações e que, segundo ele, a Ucrânia deveria aceitar ceder parte do seu território, posição essa também anteriormente apresentada por Mario Draghi, Primeiro-Ministro italiano, na ONU, numa posição concertada com o Presidente Macron, e o Chanceler Sholz, que têm uma posição comum, embora distinta da posição polaca e dos Países Bálticos, que querem juntamente com os EUA e UK, vergar a Rússia, e fazer cair Putin.

Como analista militar e político inclino-me mais para a solução relativa a voltar rapidamente à mesa de comunicações e negociar a paz possível, embora como apaixonado pela causa da liberdade e da autodeterminação dos povos, inclino-me mais para a segunda opção a de vergar a Rússia, e não sendo a guerra um ato racional, aconselharia Zelensky a reforçar Mykolaiv, e daí partir para uma contraofensiva no Donbass.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

Adicionar comentário

Clique para comentar