Geral Opinião

O Papa Pop Star e as jornadas da juventude

Foto: CidadeHoje

A minha juventude foi muito marcada pela geração nova, GEN, do Movimento dos Focolares, um movimento Católico, fundado por Chiara Lubich, no final da II Guerra Mundial, que embora duma grande profundidade teológica, atraía a juventude pela música POP, em voga na altura, ou seja, a Igreja desde sempre atraiu a juventude para as suas fileiras, e sempre nelas apostou tido para se renovar, usando sempre todos os meios como é o caso paradigmático das jornadas mundiais da juventude, associadas a João Paulo II, que na altura se tornou um verdadeiro ícone pop para a juventude.

Na minha passagem pelo Colégio Universitário Pio XII, verifiquei que o Diretor Padre Aguiar era o teólogo, o educador, o universitário e o tutor dos seus alunos, que deixava o governo da casa, o vil metal, para a alma simples do Padre Paula, porque a função gestão era, tal como para a instituição militar, uma missão secundária e sem importâncias.

Esta visão mantém-se na Igreja, o Bispo encarregado das jornadas da juventude, não sabe, nem quer saber de dinheiro, pois tem alguém que o faça, e limita-se a pedir, pois sabe que, como dizia o padre Aguiar a propósito dos governos socialistas, que estes por estarem ideologicamente mais afastados da Igreja, davam sempre o dinheiro pedido e não se imiscuíam na sua gestão. O azar desta vez é que o católico Marcelo se quer imiscuir em tudo, e tudo baralha, embora no final tudo se vá fazer na mesma, não tivesse a Igreja uma grande saia de influência, com dois mil anos de experiência.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma