Tenho andado curioso com o novo partido iniciativa liberal, e tenho andado a investigar, inicialmente no seu programa, e na “praxis” nas suas várias páginas no Facebook, o que escrevem alguns dos seus dirigentes e os novos aderentes e simpatizantes ao Partido.
Das conversas e dos esclarecimentos que vou lendo, creio haver alguma confusão entre liberalismo e libertarianismo, ou talvez seja propositado, pois pelo que leio, o liberalismo adotado pelo Partido Iniciativa Liberal, confunde-se com a filosofia política dos libertários dos costumes.
O liberalismo económico nasceu com Adam Smith no século XIX, como uma teoria económica que advoga e advoga a livre concorrência, a não intervenção do estado na economia, ou seja, a regulação automática do mercado, teoria que foi sendo paulatinamente modernizada, tendo mais recentemente tido grande expressão com os economistas adeptos do monetarismo Inglês.
Esta teoria económica liberal, quando interpretada pelos novos Liberais do Partido da Iniciativa Liberal, foi traduzida na prática na afirmação da liberdade individual, acima de tudo e de todos os princípios e valores éticos, pois a sociedade, tal como o mercado, no limite se autorregularão sem necessidade do Estado.
Esta forma de pensar libertária, não obrigatoriamente liberal, tem levado um partido, que se afirma de direita, a ser o protagonista de todas as causas fraturantes, em nome do direito de escolha dos cidadãos, substituindo na perfeição o Bloco de Esquerda e a Isabel Moreira, cada vez mais integrados no sistema, apoiando o Governo do PS.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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