Estamos nos primeiros dias do ano e as televisões e todos os órgãos de comunicação social continuam a tocar furiosamente na mesma tecla, a tecla da pandemia e da nova variante a Omicron, anestesiando-nos para que não pensemos na inflação que aí vem, provocada sobretudo, pelos aumentos da energia, que vieram para ficar.
Os choques petrolíferos ocorridos no século passado, tiveram repercussões incomensuráveis no mundo e na Europa em particular, que não dispunha, nem dispõem de recursos energéticos de origem fóssil, sendo esta uma das suas maiores debilidades atuais, que poderá resolver-se a médio/longo prazo, com os investimentos adequados em outras formas de energia limpa.
O hidrogénio, parece ser o substituto mais viável dos combustíveis fósseis, no entanto, a sua produção exige energia que deverá ter origem no excesso de eletricidade proveniente das energias eólicas, solares e hídricas, que devido à sua intermitência, têm que ser combinadas com a energia gerada nas novas centrais nucleares denominavas por “Salt Nuclear”, que embora não seja verde é limpa.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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