Esta quinta-feira voltámos a entregar o Plano de Recuperação e Resiliência, PRR, em Bruxelas. Esperemos que seja desta que a Comissão Europeia o receba sem mais reparos, uma vez que até à presente data, o plano tem vindo sucessivamente a ser recambiado, por não estar de acordo com o preconizado pela Comissão Europeia.
A Comissão Europeia, em conjugação com o Conselho Europeu, desta vez, definiram regras muito restritas para atribuição das verbas destinadas à recuperação e resiliência da UE pós-pandemia, dado que estas não têm como objetivo construir estradas nem autoestradas, como estava consignado nas anteriormente rejeitadas versões do PRR enviados por Portugal para Bruxelas, mas sim recuperar o país de uma forma integrada e coerente.
Todas as versões do PRR, anteriormente apresentadas em Bruxelas, foram sempre precedidas, como a atual versão, por grandes eventos de marketing político, vulgo propaganda, tendo em vista receber o aplauso, ainda que prematuro do povo português, que devido a já estar bastante calejado já não acredita em bruxas.
Em boa hora, o Supremo Tribunal Alemão decidiu no dia 21 de Abril do corrente ano, autorizar a Alemanha a ratificar o acordo, relativamente ao empréstimo que a Comissão Europeia vai ter de fazer, para poder disponibilizar estas tão necessárias verbas para a recuperação da crise económica pós-pandémica, dos Estados-membros da União Europeia,
facto relevante pois a maioria dos estados-membros estava expectante quanto ao teor do acórdão emanado pelo referido Tribunal, que ameaçava reverter o acordo efetuado no Conselho Europeu.
Esperemos ora que nenhum outro estado-membro levante novos obstáculos, à ratificação do acordo, pois é urgente que estas verbas cheguem à Portugal o mais rapidamente possível de preferência até Julho do corrente ano.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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