Fu Hao talvez seja a mais antiga mulher guerreira cuja história conhecemos. Primeira esposa do imperador Wu Ding, foi uma comandante militar por direito próprio (1200 AC).
Njinga serviu-se de tácticas de guerrilha e da diplomacia para defender os seus reinos, Ndongo e Matamba, dos portugueses. Teria quase 75 anos quando chefiou, pela última vez, o seu exército no campo de batalha. Njinga treinava os soldados, dezenas de anos mais novos do que ela, liderando um exercício de dança guerreira com flechas e lanças (1582-1663).
Condecorada com medalhas por bravura em combate, Savić disfarçou-se de homem para combater na Primeira Guerra dos Balcãs. Como acontecia habitualmente às mulheres sob disfarce, foi descoberta quando foi ferida. No entanto, recusou-se a abandonar os combates e prestou serviço militar em três guerras (1892-1973)
Estes são alguns exemplos de mulheres que ao longo da história se destacaram pelo seu heroísmo, destreza e coragem, mas muitos outros exemplos existem, alguns deles distorcidos em visões históricas pouco precisas e sexistas.
No passado sábado na Tapada Militar de Mafra, no evento desportivo Lynxrace Mafra 2021, composto por um percurso de 10 km com 30 obstáculos, alguns deles de dificuldade muito elevada, tivemos a oportunidade de testemunhar um punhado de mulheres guerreiras que ombreavam com o setor masculino e demonstravam um nível de resistência, destreza e estratégia de um nível admirável.
Esta é a minha forma de as homenagear todas as mulheres presentes naquela competição, através de uma seleção de imagens que recolhi.
Texto e fotografias de Carlos Sousa/KPhoto
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