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Macron e a coligação internacional contra o Hamas

Foto: Diário de Notícias

15 de março 1962, a União de Povos de Angola efetuou um massacre contra colonos brancos portugueses, não poupando mulheres, crianças e bebés, facto que foi o catalisador duma guerra no território que durou até 1974, tendo Salazar posteriormente num seu discurso pronunciado a seguinte célebre frase, “Para Angola rapidamente e em força”, uma guerra com movimentos de libertação por nós considerados terroristas.

O massacre em Israel perpetrado pelo Hamas contra os israelitas foi um ato hediondo semelhante, efetuado pelo Hamas que consideramos também terroristas, embora não sejam considerados como tal pelos palestinianos, que se consideram a viver num território ocupado, pelo que para eles é um movimento de libertação, também implantado na Cisjordânia.

Macron hoje comparou o Hamas ao Daesh, e falou na possibilidade de o combater da mesma forma, com uma coligação internacional em que no passado a França colaborou com meios aéreos, com os EUA e outros aliados, não tendo dado forças terrestres para combater no terreno, pois a maioria das forças terrestres foram curdas.

Parece-me que Israel não precisa nem de Força Aérea nem de forças no terreno para combater o Hamas, a não ser que se abram novas frentes no Líbano com o Hezbollah, e com outros grupos na Síria, apoiados pelo Irão.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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