Geral Opinião

Kaja Kallas anunciou que teria de ser

Hoje Kaja Kalas, a responsável pela pela Politica Europeia de Segurança e Defesa, que integra a Politica Comum de Segurança e Defesa, na sequência da Cimeira da NATO, onde participou ao lado do seu Secretário Geral e do Secretário da Guerra dos EUA, tendo escolhido o dia seguinte ao fim da  mesma para novamente falar do programa Rearm Europe, apresentado pelo Presidente da Comissão em julho, e ainda não aprovado pelo Conselho, no entanto já por ele estudada, pois Kaya kallas é responsável pelo seu desenvolvimento, e estudo nas organizações da UE que coordena, e é também Presidente do Conselho de Ministros da Defesa dos Estados membros, onde esta será aprovada, bem como também seja vice-presidente da Comissão, o que lhe dá um super poder de conhecimento integrado.

Kaja Kallas veio anunciar que a UE no seu programa de Rearm Europe, tinha que desenvolver a capacidade anti-aérea e mais especificamente a anti-drone, até 2027.

Esta capacidade anti-drone deve ser desenvolvida internamente na UE, e tem de estar contida na parcela referente aos 800 000 milhões de euros, identificadas no plano rearm europe apresentado pela Presidente da Comissão.

Este documento em específico, afirmava que todas as capacidades deveriam ser desenvolvidas e custeadas, em cooperação estruturada e permanente, entre os estados membros que se voluntariem para o fazer, e consequentemente, as custeiem, não havendo dinheiro da UE, quando muito podendo haver alguns benefícios, nomeadamente o facto da UE autorizar que esse montante não entre nas contas do cálculo de défice excessivo.

Este desenvolvimento de Capacidades desta forma e efetuado no âmbito interno da UE , pretende que esta permita e fomente o desenvolvimento internamente de novas Capacidades Europeias , ou seja que o processo todo desde o desenvolvimento do protótipo custeado pelo Fundo de Defesa Comum, até ao fabrico final, seja fabricado na Europa, enquanto que a NATO a mando da administração Trump, quer que estas capacidades lhe sejam adquiridos diretamente.

Estas duas filosofias de aquisição não são compatíveis, nem nunca o serão, embora na pratica a UE devesse ser parceira da NATO, algo que é, embora pretenda ser desta autônoma, mas complementar.

Queria enfatizar que a interoperabilidade e toda a doutrina que se usa na UE, é a doutrina NATO, pelo que  cumpre todas as normas de interoperabilidade, entre estados membros e entre estes e a NATO.

Em síntese o problema recai nas filosofias distintas de aquisição e não das capacidades que a NATO e/ou os estados membros pretendam vir a dispor, porque os requisitos operacionais são iguais. É no resultado final como a propriedade comutativa da adição.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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