Reservas estão entre os 15 e 47 dias. Entre a pandemia e as habituais infeções respiratórias sazonais, tem sido difícil garantir as necessárias colheitas.
O Instituto do Sangue apelou para o contributo de todos os potenciais dadores, numa “altura particularmente exigente” devido à pandemia de covid-19 e face a “uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”.
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) diz, em comunicado, que “a evolução da pandemia de covid-19, nomeadamente o elevado número de contágios das últimas semanas e respectivos isolamentos profilácticos, têm conduzido a uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”.
Em simultâneo, destaca igualmente que “as habituais infecções respiratórias sazonais têm contribuído para uma redução do afluxo de pessoas candidatas à dádiva de sangue” e que “ambas as situações causam uma grande redução do número de dadores e o adiamento de sessões de colheita previamente calendarizadas”.
Assim, o IPST diz ser necessário “mobilizar” todos os possíveis candidatos que estejam em condições de ajudar à colheita de sangue – nomeadamente os que nunca deram sangue e os que não efetuam uma dádiva há mais de um ano – para que haja a “imprescindível estabilidade das reservas”. Até à data, as reservas dos hospitais e do IPST “situavam-se entre os 15 e 47 dias considerando a reserva de concentrados eritrocitários dos hospitais e entre os 4 e 37 dias considerando a reserva de concentrados eritrocitários do IPST”.
Os grupos sanguíneos mais afetados são o “O positivo”, “O negativo”, “B negativo”, “A positivo” o “A negativo”. “Os hospitais portugueses necessitam de 800 a 1000 unidades de sangue e componentes sanguíneos todos os dias”, relembra o Instituto Português do Sangue e da Transplantação. E esses componentes sanguíneos “têm um tempo limitado de armazenamento (entre 35 e 42 dias para os concentrados eritrocitários e 5 e 7 dias para as plaquetas)”.
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