Fique a conhecer algumas curiosidades sobre a castanha e a sua origem!
Na Sicília (Itália) encontra-se aquele que poderá ser o mais velho castanheiro de pé, com cerca de 3000 anos. Chamam-lhe ” Castanheiro dos Cem Cavalos”, porque teria abrigado 100 cavalos do séquito da rainha de Aragão. Tem 58 metros de diâmetro e está registado no Guinness Book of World Records por ter o maior diâmetro de tronco.
Na Idade Média, os castanheiros eram conhecidos como a árvore do pão, pois o seu fruto, a castanha, era um alimento rico e um importante meio de subsistência. Antes da chegada à Europa da batata e do milho, a castanha (e/ou a sua farinha) desempenhava um papel importante na alimentação: quando escasseavam os cereais este fruto era o alimento base dos mais desfavorecidos.
Sobre este fruto conta-se que fazia parte da dieta Romana, sendo que os soldados se alimentavam de um puré de castanha antes dos combates. Conta-se ainda que Alexandre o Grande, terá plantado castanheiros em toda a Europa ao longo das suas campanhas e que o exército grego sobreviveu durante a sua retirada da Ásia menor devido às suas reservas de castanhas.
O castanheiro é uma árvore oriunda da Ásia Menor, que tem sido cultivada desde tempos imemoriais. Foi trazido para a Europa pelos Gregos e pelos Romanos.
Os castanheiros são árvores que levam muito tempo a crescer: só aos 25 ou 30 anos é que começam a dar fruto e atingem a sua maturidade a partir dos 100 ou 150 anos. Existem mesmo casos de castanheiros com milhares de anos. Trata-se de uma árvore imponente, com cerca de 25 a 45 metros de altura e uma copa que pode atingir os 30 a 40 metros de diâmetro.
Souto é o nome dado aos pomares de castanheiros, ou seja, aos povoamentos plantados tendo em vista a produção do fruto. Nas espécies cultivares, usadas especificamente nos soutos, cada ouriço pode ter uma só castanha ou entre uma e três, um número inferior aos três a sete frutos obtidos em variedades não domesticadas.
Nem só a madeira e o fruto do castanheiro são valorizados. À casca e às folhas foram reconhecidas propriedades medicinais: recomendaram-se como tratamento para a disenteria e a diarreia, e as suas folhas, depois de cozidas, utilizaram-se também para o tratamento da tosse e das inflamações da garganta. As suas flores são ricas em pólen e néctar e, por isso, apreciadas pelos apicultores.
A importância histórico-cultural do castanheiro e da castanha é bem visível, não só pela comemoração do Dia de S. Martinho. Existem cerca de 820 nomes de localidades derivados de castanha, souto e castinçal, especialmente a norte do Tejo – e pela inclusão do castanheiro em brasões de vários municípios e de antigas famílias nobres.
Devido ao seu teor em hidratos de carbono, as castanhas foram durante séculos um importante alimento das populações de toda a europa (incluindo a região Norte da Península Ibérica), tendo sido um alimento essencial para os peregrinos nos caminhos portugueses de peregrinação a Santiago.
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