A meio da semana, a 4ª Feira, é dia de cozido à portuguesa no “Ribamariscos” e em muitos outros lugares, as conversas de café, ou a ver o mar, se o tempo aguentar, é ali junto às Ribas, lá estavam os reformados do costume, a falar e a desabafar sobre aqueles que nos deixam, reduzindo o “clube dos pixas murchas” que foram ao “Preço Certo”, que vai ser transmitido para a semana (foi gravado) e falava-se do frio que estava a chegar em força e como diria o João Morais- esquecem a politica. A política, na verdade, fica só para alguns, mas apenas aqueles que se “orientam” com o que não é deles…de resto, o povo, sabe bem que politica é tudo, os que morrem, os que emigram, e os que estão doentes sem médico a visitá-lo, pois já não há domicílios, e já não falando no dinheiro para remédios, que não há, nem para o funeral nem para a família que reduzida, resta a mulher idosa e um gato. Para onde irão?…Isto é que é a verdadeira politica que apoquenta os idosos.
Nem querem saber de quem está na Câmara ou na Junta, dos novos ou velhos partidos, querem sim – um conforto no fim da vida que ninguém entende possa ser esquecido, e todos lá vão parar. Com ou sem dinheiro. Vão parar, adoecer e morrer. Todos sem excepção.
Mas para não falarmos só de coisas tristes, também ouvimos falar d’A GRETA para muitos é uma ranhura com laivos de sexo, e riem-se muito quando se fala que vão todos à Greta. É o humor latino que anda muito por baixo. A Greta chegou e foi-se, dando que falar da nossa Terra que ainda não tem substituta. Aqui no Muro das Ribas fala-se da terra e também do Mar, sempre ali movimentando tudo e todos.
E vem aí o Natal e, se alegra os corações o tal jantar de toda a família reunida, a falta de dinheiro arruína grande parte dessa alegria, pois os mais idosos, nada têm para ofertar a quem deles se lembra e tem sempre uma prendinha. É triste. E fala-se mas de cabisbaixa.
Resta lembrar os concertos de Natal que são de borla.
Mas além das dores, daqui e dali, pelo corpo todo, o que a malta fala são das doenças, fala-se de um hipocondríaco conhecido, que se queixou ao médico no Posto Médico da Ericeira, que a mulher o tinha traído há uns meses com o GNR de que era amigo, e questionou o médico: Ó Dr já se passaram uns meses e não me apareceu nada na testa…será falta de cálcio? Tenho de tomar “calcitrim”?
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