Geral Opinião

Gulbenkian, crónica de uma morte anunciada

Foto: RTP

De acordo com a informação que disponho à Fundação Calouste Gulbenkian está a ponderar acabar com a sua Orquestra Sinfónica, um dos seus maiores ex-libris, que atuou em todo o mundo, e que muito tem contribuído em Portugal para a divulgação de música erudita.

A par da Companhia de Bailado da Gulbenkian que acabou e que deixou um grande vazio na divulgação do ballet contemporâneo em que algumas atuações a cargo da Olga Roriz, me ficaram para sempre na memória, esta morte anunciada da orquestra deixa antever uma sensação de orfandade a todos os melómanos e amantes da cultura.

No campo das artes plásticas, a Gulbenkian também deixou de realizar grandes exposições internacionais, bem como iniciou umas obras de Santa Engrácia no lugar do Museu de Arte Moderna, que não têm fim à vista, muito embora já tenham anunciado a sua abertura várias vezes.

Não sei o que se passa em termos financeiros mas parece-me que após a decisão da administração de venderem as participações que detinham e que herdaram do Senhor Gulbenkian, nos negócios relacionados com o petróleo, cometeram um erro-crasso que constituiu o primeiro capítulo das crónicas da sua morte anunciada.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Tags

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

Adicionar comentário

Clique para comentar