Gouveia e Melo, o Vice-almirante responsável pela Task Force das vacinas contra o Covid, saiu da liderança do processo de vacinação, em minha opinião, cedo de mais, muito embora Portugal tivesse atingido, na altura da sua saída, uma taxa de cerca de oitenta e cinco por cento da sua população.
A sua saída precipitada estava relacionada com a sua previsível promoção a Almirante, e a consequente assunção da função de CEMA e posteriormente de CEMGFA, a primeira prometida e tentada pelo atual governo, mas que foi obstaculizara pelo Presidente da República, facto que obrigou Gouveia e Melo a voltar para adjunto do CEMGFA, malgrado pareça que, talvez voltemos a precisar dele para liderar a Task Force, para garantir o sucesso duma, quase certa, necessidade de uma terceira dose da vacina.
Enquanto está numa espécie de compasso de espera, a ver se apesar da atual crise política consegue ir à CEMA, caso o não consiga se encontre em risco de passar à reserva, por limite de idade, Gouveia e Melo tem sido estrela de televisão, nacional e internacional, indo esta semana ser entrevistado pela Americana CBS, estando desta forma a constituir-se como um putativo candidato às próximas eleições presidenciais, função em que penso seria mais útil para o país.
Esperemos que esteja certo, porque acho que o povo português, não se pode dar ao luxo de desperdiçar este militar da armada, prestigiado em Portugal e reconhecido internacionalmente.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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