Num dia em que as nuvens pareciam pesar sobre o horizonte do Guerreiros do Mar, a jornada na 1ª Divisão da AFL carregava um peso extra. A equipa encontrava-se na na zona de despromoção, enquanto o adversário estava alguns degraus acima na classificação.
Entre os adeptos, algumas vozes críticas sussurravam, o futuro parecia estar em jogo neste momento crucial.
Os Guerreiros do Mar não se deixaram abater pela pela envolvente menos positiva. Desde o início, demonstraram determinação, pressionando o adversário em todas as zonas do campo.
Embora o Loures tenha criado algumas transições que geraram alguma tensão, estas não se traduziram em perigo real. O Ericeirense continuou a sufocar o oponente e, aos 22 minutos, Zago, com uma demonstração de pura vontade, abriu o marcador.
Apesar da reação do Loures, as oportunidades continuavam a surgir para o lado contrário. O intervalo chegou com uma vantagem merecida para os anfitriões, que apenas pecava por escassa.
No reatar do jogo, o Loures tentou surpreender, mas a determinação dos Guerreiros do Mar em escapar à zona de perigo era evidente. Os alarmes haviam soado, mas estes jogadores não estavam dispostos a ceder.
O resultado manteve-se, embora a sensação de injustiça persistisse no ar, algum receio e insegurança começava a pairar no Henrique Tomás Frade, mas, aos 81 minutos, Galantinho dissipou todas as dúvidas ao marcar o segundo golo.
O Loures merece mérito pela sua persistência, mesmo com o tempo escasso que lhe restava.
O minuto 90 chegou, o árbitro concedeu 6 minutos de compensação, mas nada mudou. No final, o sentimento de missão cumprida era evidente na equipa, celebrando com os seus adeptos a vitória alcançada.
Com esta vitória fundamental, os Guerreiros do Mar “abandonaram” a zona de despromoção, e ocupam agora o 10º lugar na tabela classificativa.
Num jogo de determinação e superação, os Guerreiros do Mar escreveram um verdadeiro manifesto de vontade, mostrando que, mesmo quando as probabilidades parecem estar contra, a vontade, o empenho e o crer podem fazer toda a diferença.
Os lugares da parte superior da tabela classificativa não estão agora tão longe.
Texto e fotografias de Carlos Sousa/ KPhoto
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