Geral Opinião

França a ferro e fogo

Expresso

Os franceses têm tradição de se revoltarem contra o poder instituído. Da sua história podemos destacar a revolução francesa e o Maio de 1968, como expoentes desta sua idiossincrasia.

A revolução francesa, foi um movimento popular que provocou um corte epistemológico com o passado, ou seja, com o absolutismo. O liberalismo que esteve na génese da revolução estava alicerçado em novos princípios filosóficos que se podem sintetizar no mote da revolução nomeadamente na igualdade, fraternidade e liberdade, a partir do qual foram desenvolvidos novos conceitos ideológicos e doutrinários, sendo de destacar os grandes pensadores, como Robes, Lock, Montesquieu e Rosseau, sendo os dois primeiros considerados o pai e a mãe do Estado Moderno, que foi paulatinamente adotado, pela maioria dos Estados Ocidentais.

O maio de 68 também não nasceu espontaneamente, Sartre e Simone de Bouboir foram alguns dos ideólogos do movimento que também teve repercussões globais.

Os novos movimentos populares, nascem da contestação ao poder instituído, instigados, ampliados e desenvolvidos nas redes sociais, sem base filosófica, conceptual e ideológica de vulto, não pretendendo nada mais do que contestar e aterrorizar a população.

A contestação é no entanto aproveitada pelos partidos extremistas de direita e de esquerda que querem destruir o estado liberal e democrático, por estados autocráticos com ideologias e práticas ultrapassadas já testadas e bafientas, pondo em perigo todos os regimes democráticos e liberais.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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