Ambos são fatores de risco para várias doenças, incluindo cardíacas. Quando se combinam, o efeito agrava-se.
É conhecido que tanto a falta de exercício físico como um sono pouco repousante são fatores de risco para desenvolver problemas cardíacos e outras doenças em geral.
Mais recentemente, passámos a saber também que quando estes dois fatores de risco se combinam, o seu efeito conjunto é ainda maior e que um evento menos bom pode ser ainda mais provável de acontecer!
Um trabalho publicado em 2021 relata o impacto da inatividade física e da falta de sono no risco de morte no geral e no risco de morte por doença cardiovascular em particular.
Os autores determinaram o nível de atividade física e a qualidade do sono de:
- 380 055 pessoas;
- 55% mulheres;
- Idade média 56 anos.
A atividade física foi quantificada pela sua intensidade e duração:
- Foi considerada atividade física de elevada intensidade a que era praticada pelo menos 150 minutos por semana.
Um padrão de sono saudável, foi considerado como sendo:
- Acordar cedo, ou seja, ser madrugador;
- Dormir 7-8 horas por dia;
- Não ter dificuldade em adormecer;
- Não ressonar;
- Não ter sonolência durante o dia seja a trabalhar, a conduzir, a ler, a ver televisão, etc.
Esta população foi seguida em média durante 11 anos e os resultados obtidos foram os seguintes:
- As pessoas que praticavam regularmente atividade física de intensidade elevada e que tinham um padrão de sono saudável tiveram o menor risco de eventos fatais;
- Quando comparadas com os anteriores, as pessoas que não praticavam atividade física e tinham um padrão de sono insuficiente, tiveram um risco 67% superior de morrerem por doença cardiovascular e um risco 57% superior de morrerem por qualquer doença, incluindo cancro;
- As pessoas que praticavam alguma atividade física e que tinham padrão de sono razoável, tiveram um risco intermédio de eventos fatais, sendo que a prática de exercício físico regular, pelo menos moderado, atenuou os efeitos prejudiciais de um sono menos bom!
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